A vacina anti-HPV que é disponibilizada no Brasil para meninas de 9 a 13 anos na rede pública, protegendo contra os 2 subtipos do vírus mais associados com câncer de colo do útero e outras doenças nos genitais, será oferecida pelo SUS também para os meninos a partir de janeiro de 2017. O anúncio foi feito esta semana pelo Ministério da Saúde. No primeiro momento, serão contemplados os jovens de 12 e 13 anos, mas a faixa etária será gradativamente ampliada até 2020, quando abrangerá garotos dos 9 aos 13 anos.
Em entrevista concedida em julho de 2015 para a jornalista Cristiane Segatto, da Época, o virologista alemão e prêmio Nobel de 2008, Harald zur Hausen, afirmava que a inclusão da vacina para os meninos no Brasil seria de “fundamental importância”, pois, segundo ele, a imunização poderia protegê-los de outros tumores provocados pelo HPV (como os de garganta e outras estruturas da cavidade oral, pênis e ânus) e também quebraria toda a cadeia de transmissão, pois as meninas já eram contempladas e os meninos imunizados não passariam o vírus a parceiras ou parceiros que não tivessem sido alcançados pelas campanhas.
O desafio agora está em conscientizar a sociedade sobre a importância de se vacinar os meninos como estratégia de prevenção e obter mais êxito do que o alcançado com as meninas. Um levantamento divulgado este ano pelo Ministério de Saúde, a pedido do jornal O Estado de S.Paulo, mostrou que de 2014, quando a campanha de vacinação das meninas foi iniciada, até julho deste ano, apenas 45% do público-alvo havia sido vacinado. A vacina sobra nos postos de saúde e o que falta é a adesão. Mitos propagado pelas mídias sociais sobre efeitos adversos e questões culturais, são as principais causas apontadas para a baixa procura.
Mais detalhes em reportagem do Bom Dia Brasil, da TV Globo: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/10/vacina-contra-hpv-tambem-sera-aplicada-em-meninos-partir-de-2017.html
